quarta-feira, 2 de março de 2011

Subida ao Cabeço de Santa Marinha em Sampaio

No mês de Outubro de 2010, na companhia do Sr.º Pe. Leite, subi ao cimo do Cabeço de Santa Marinha, localizado a poente da aldeia de Sampaio. O cabeço com uns 450 metros de altitude, é visível por todo o Vale da Vilariça, desde a Burga, onde começa o vale, até à Foz do Sabor, onde termina.
Na encosta virada para Sampaio, não parece ter uma grande inclinação, sendo suave, toda ela revestida por pinheiros, enquanto do lado virado para a Junqueira, predomina mais o sobreiro e esteva, noutro dos lados virado para a Quinta de Castelares e o Nabo, a vegetação é mais rasteira, havendo algum cultivo das terras até bem próximo do cabeço, mas é desse lado, que o declive é maior, composto por enormes rochas, penedos, voltadas para a Foz do Sabor, sendo por vezes sobrevoados por algumas aves rapinas, que bem me lembro de as ver sobrevoar esses rochedos, ainda no meu tempo de juventude, uma vez que morava numa quinta junto ao cabeço. Noutra lado virado para a Quinta do Calhau, a inclinação é mais suave, havendo até bem próximo do cabeço, uma vasta floresta de eucaliptos.
Bom, foi por um caminho por entre essa floresta de eucaliptos, que subimos ao
cimo do monte. Ao cimo da floresta dos eucaliptos deixamos o caminho e seguimos pelo monte, por entre zimbros e estevas, trepando algumas pedras. Falando em pedras chegamos a um determinado local onde encontramos um amontoado/aglomerado de Pedras, seriam vestígios do então falado  fortificado castrejo que ali terá existido, Castro de "Santa Marinha" (504 - XXXV Grande Enciclopédia de Portugês e Brasileiro)?!Ficou a dúvida.
Depois de subirmos mais um pouco por entre fragas, chegamos finalmente ao cimo do monte, onde há um planalto com mais ou menos meio quilometro de cumprimento e uns 80 metros de largura. Toda essa área é plana, composta por arbustos rasteiros (giestas de flor branca,estevas, urze, entre outras espécies) e por outros arbustos de maior porte (pinheiro, carrasco, sobreiro e zimbro), também ao longo do planalto encontram-se alguns aglomerados de fragas/rochas, algumas de cor amarela. Ao começarmos a percorrer o planalto deparamos, num espaço com aveia, pois alguém a teria ali semeado, talvez para os coelhos. Depois de percorrermos alguns metros, deparamos com o Marco Geodésico (que por sinal foi construído com a ajudo do meu bisavô). Ao chegarmos perto deste, vi-mos que não éramos os únicos naquele local, pois um casal com um filho, ele natural de Sampaio, também tinham nesse dia decidido subir ao cimo do monte. 
Foi então a partir dai que tivemos companhia no resto do percurso pelo longo planalto. Este casal tinha procurado a antiga capela, agora em ruínas, mas sem sucesso, mas eu como já conhecia o local, soube logo identifica-la, alias fica localizada, quase onde acaba o planalto na vertente virada para a Junqueira
Chegamos por fim junto às ruínas da capela da Santa Marinha, ai compreendi a razão por que esse casal, não tinha dado com ela, pois as paredes, encontravam-se praticamente todas roídas e também um ramo de um sobreiro caído em cima delas, por isso a não terem visto.
De paredes bastante largas, feitas de pedra (xisto) e barro, mas na entrada encontra-se o granito, onde assentava a porta. Entramos então no seu interior e vimos que a capela não era assim tão desconhecida, pois nas paredes existem algumas inscrições recentes, também ali se encontrava uma vela, num buraco feito numa das paredes.
O chão agora em terra, encontrando-se alguma amontoada, parece ter havido ali escavações, pois ouvi dizer na aldeia, que houve quem sonha-se que havia ali riqueza e fosse lá escavar no intuito de encontrar alguma coisa.
Antes da capela ser deitada ao abandono, encontrava-se no interior desta, a imagem de Santa Marinha, estando agora na igreja matriz em Sampaio, razão pela qual o cabeço ter o nome de Santa Marinha

Continua...
Toda a descrição e fotografias, desta Subida ao Cabeço de Santa Marinha, no meu outro blogue dedicado à aldeia de Sampaio, em: Subida ao Cabeço de Santa Marinha 

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